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30 de Abril de 2024
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    Municípios apresentam ações em eventos do projeto MPT na Escola em Mato Grosso do Sul

    "Lugar de criança é na escola!"

    Dourados (MS), 21/12/2012 - "Se trabalhar, perde estudo e pode se machucar!" A conclusão é da aluna da 6ª série da escola polo municipal "Jardim Ivone" de Ponta Porã, Milena Moreno, de 11 anos. Ela é enfática ao dizer que criança com menos de 14 anos não pode trabalhar, só como aprendiz, a partir dessa idade. Milena é uma das crianças participantes do projeto MPT na Escola no município. Ela conta que aprendeu bastante sobre trabalho infantil e gostou muito de desenhar e escrever sobre o tema em sala de aula.

    A visita à escola Jardim Ivone foi realizada no dia do encerramento das atividades do projeto MPT na Escola em Ponta Porã. Após a cerimônia na Câmara de Vereadores, a procuradora do trabalho Cândice Gabriela Arosio, titular da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes (Coordinfância) no Mato Grosso do Sul, esteve na instituição de ensino conhecendo projetos e conversando com professores e alunos sobre o desenvolvimento das atividades.

    O encerramento anual do projeto MPT na Escola nos municípios de Naviraí, Ponta Porã, Eldorado e Itaporã foi marcado por apresentações culturais dos alunos e alegria pelos resultados obtidos. A procuradora do trabalho Cândice Gabriela Arosio participou das solenidades, nos dias 25 e 26 de outubro, em Naviraí e Ponta Porã, e em Mundo Novo, no dia 27 de novembro, e avaliou o alcance do programa na comunidade.

    Em Naviraí, a conferência de encerramento do MPT na Escola foi realizada na Câmara de Vereadores, no dia 25 de outubro, e reuniu alunos, professores, diretores e autoridades locais. O evento também contou com a presença do futuro prefeito, Leo Mattos, e do vice-prefeito, Jair Alves dos Santos, recém eleitos, que conheceram as ações e afirmaram interesse em dar continuidade ao projeto.

    No município, 280 alunos participaram das atividades do projeto, que teve início em março deste ano. A expectativa ainda é alcançar 770 alunos nas próximas etapas. No dia marcado para o encerramento, o café da manhã foi especial e antecedeu as apresentações artísticas do alunos.

    "Pintando o sete" - As crianças apresentaram painéis, teatro, dança, rap de autoria dos próprios alunos e poesias que emocionaram o público presente pela interpretação e pelo envolvimento de todos. O rap embalou o público e despertou a atenção pela criatividade dos autores. Também foram exibidas fotos das ações realizadas ao longo do semestre nas escolas.

    Segundo a coordenadora do projeto em Naviraí, Renice Ribeiro Lopes, foram também realizadas gincanas e aplicados questionários com os pais dos alunos participantes. O aluno da extensão Marechal Rondon, Felipe Moura, de 10 anos, disse que aprendeu bastante: "com o trabalho infantil, crianças ficam expostas a doenças e a perigo de acidentes. Podem ter cortes, dores..." Ele e sua turminha animada exibiram os desenhos e textos produzidos como parte das ações do projeto.

    A procuradora Cândice Arosio compartilhou a história do combate ao trabalho infantil em Mato Grosso do Sul e enfatizou a importância de encarar o problema como ele é. "Lugar de criança é na escola!", afirmou. Ao final das apresentações, Cândice parabenizou os gestores pelo bom resultado do projeto no município.

    MPT na Escola na fronteira - O encerramento das atividades do MPT na Escola em Ponta Porã foi realizado no dia 26 de outubro, com a exposição dos trabalhos realizados pelos alunos, que elaboraram paródias, rap e até história em quadrinhos. No município, o projeto beneficiou 690 estudantes do 6º ano de 10 escolas municipais, envolvendo, também, os pais. A técnica em educação Elisabete Ferreira de Brito, responsável pela execução do projeto, apresentou o resultado das atividades aplicadas nas escolas e exibiu fotos e vídeos dos alunos.

    Maria Lene Antunes Kleis, professora e secretária de educação no período em que o projeto começou a ser implantado, destacou sua surpresa com a dimensão do projeto. "As vítimas do trabalho infantil são crianças invisíveis, que não aparecem no censo, não têm documentos. Então, vão para o trabalho." Ela afirmou que Ponta Porã possui características peculiares por ser região de fronteira com o Paraguai, o que dificulta ainda mais o combate ao trabalho infantil.

    O projeto envolveu alunos e professores nas atividades, contribuindo para a conscientização sobre os prejuízos do trabalho infantil. A professora de cidadania e educação física Lucimar Maria Aguillar Martins, de 42 anos, da escola municipal São João, ministrou o conteúdo do projeto a cerca de 30 alunos. As crianças fizeram até teatro de conto de fadas.

    Ação preventiva - A procuradora do trabalho Cândice Gabriela Arosio destacou o contexto social de pobreza e marginalização em que vivem as crianças vítimas de trabalho infantil. "O MPT tenta combater essa mazela na família, mas não basta atuação repressiva porque o problema é muito complexo. A solução a longo prazo é a mudança de cultura", afirmou.

    Também foram realizados eventos de encerramento em Eldorado e em Itaporã, no dia 30 de outubro. No município de Itaporã, o encerramento do projeto foi realizado nas escolas municipais Vereador Salvador Ferreira e Sônia Teixeira Paiva. No total, 129 crianças participaram das atividades no município.

    Balanço do projeto no MS - No sul do Estado, sete municípios aderiram ao convênio e iniciaram a execução do projeto. Inicialmente, foi feita a capacitação e proposta a assinatura de termo de cooperação aos municípios. Além dessas cidades da região da grande Dourados, o projeto MPT na Escola foi desenvolvido em Três Lagoas, Corumbá, Ladário e Anastácio, totalizando 11 municípios inseridos no projeto, dos quais 10 em fase de execução.

    Segundo Cândice Arosio, "o resultado é fantástico porque houve envolvimento muito grande das secretarias municipais de educação, das coordenadoras municipais e também dos alunos. As atividades foram excelentes, houve entendimento muito bom sobre o tema do combate ao trabalho infantil e a qualidade dos trabalhos que foram executados a partir dessa multiplicação do saber é muito boa. As crianças fizeram teatro, poemas, música, paródias, tudo embasado nesse tema e foi maravilhoso".

    Fonte: Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul

    Contato: (67) 3358.3034

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